Não mais polir esperanças,
Alimentar sonhos ou hábitos.
Fomentai este aos pássaros
E aquele à rocha soturna.
Negro, insólito carvão brutal,
No qual metal precioso não há.
Se dessa pedra ao menos saísse,
Se do teu núcleo possível fosse,
Após transpassar o voraz salitre,
Pela suja mão trêmula trazida:
A epifania da caverna insone.
A que simplório propósito serve
A rocha d'uma alma cavernosa,
Senão atirar no papel, silenciosa,
A angústia vestindo a palavra nua,
Incompatível e risonha na errata.
Nunca entenderei, nunca entenderão.
Somente o céu daquela abóboda.
Cranial abóboda do meu saber,
Onde se pintou um sorriso exausto
E na penumbra tudo desmoronou...
Nenhum comentário:
Postar um comentário